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Festa Brasileira

        A história de encontros, e desencontros, de povos milenares em solo brasileiro criou, e continua criando, a diversidade de nossas culturas populares que são riqueza e patrimônio das gentes do Brasil, em festa. Pixinguinha, Benedito Lacerda e Nelson Ângelo, grandes compositores brasileiros abrem a celebração de hoje. Ao som da música “Um a Zero”, homens e mulheres brincam com o Samba no salão. “Jura” de Sinhô e José Barbosa da Silva, lembra a todos que no carnaval do séc. XIX e início do séc. XX, o Maxixe, também alegrava os foliões, uma mistura de polcas europeias, habaneras e lundus africanos. Maxixe ou Tango brasileiro, uma criação carioca.

       A Estrela D’Alva brilha poesia chamando o povo para a rua, cantando a Marchinha Carnavalesca, “As Pastorinhas”, de Noel Rosa e João de Barro.

     Nas batidas do mancado, caixote percutido com tamancos calçados nas mãos, sapateiam os pescadores de Tarituba-Paraty, no sul do estado do Rio de Janeiro. A Chiba-Cateretê e a Tontinha fazem parte de um baile que levanta areia do chão e faz girar as saias floridas que contam histórias que vêm do mar. Dos tambores e umbigadas (encontro dos umbigos de dois dançarinos) ecoam a cultura afro-brasileira expressa em várias formas e motivações, por todo Brasil.

 

        O Jongo é encontrado no sudeste, os pares simulam umbigadas e dançam versos ancestrais e contemporâneos. Hoje, a homenagem será à comunidade do Morro da Serrinha, no subúrbio do Rio. No Batuque de Umbigada de Piracicaba, Tietê e Capivari, no estado de São Paulo, os umbigos se encontram para eternizar a vida, no ritmo da tríade: tambú, quinjengue e matracas. 

     No Recôncavo Baiano, no Samba de Roda a percussão e as cordas animam os corpos que acarinham a terra com passos miúdos, remelexos e, claro, a umbigada.        

         

      Para abraçar seus filhos em festa, chega Yemanjá, a rainha do mar, orixá-mãe que veio nos navios negreiros e não os deixa esquecer quem são.

       Mestre-Sala e a Porta-Bandeira, o pas de deux brasileiro. Personagens que encantam a avenida, no cortejo, no bailado que leva a todos o amor pelo pavilhão, à bandeira, representante maior das Escolas de Samba.

    Ainda colorindo essa aquarela do Brasil chegam à festa, vindos de Pernambuco, o Rei e a Rainha do Maracatu, acompanhados da Dama do Paço que carrega uma entidade venerada pelo grupo, simbolizada pela boneca Calunga. Ainda do nordeste, a pisada do Coco e o Frevo que faz ferver multidões no carnaval. Brasileirinho de Waldir Azevedo emoldura esta festa brasileira.

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